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Atual safra de cana-de-açúcar deve crescer 3,5% em Pernambuco

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Por Ângela Fernanda Belfort

A safra de cana-de-açúcar (2024-2025) que está começando em Pernambuco deve apresentar um crescimento de 3,5%, comparando com a última moagem, numa estimativa feita pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE). A expectativa é de que sejam processadas 14,5 milhões de toneladas da planta, contra as 14,012 milhões de toneladas processadas na última moagem.

Em Pernambuco, as usinas que começam a moer mais cedo são as da Mata Norte. Nesta moagem, não foi diferente. A primeira empresa que começou a processar a cana foi a Usina Petribu no dia 29 de julho na sua sede em Lagoa de Itaenga. Geralmente, a moagem se estende até março ou abril.

“É uma safra muito similar a última, sendo ligeiramente maior. E isso vai ocorrer em todo o Norte e Nordeste. Teremos previsões mais precisas no próximo mês”, diz o presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha. Ele também preside a Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio).

A colheita da cana-de-açúcar ocorre em 60 municípios e gera cerca de 70 mil empregos em Pernambuco, sendo a principal atividade econômica de várias cidades da Zona da Mata do Estado. São 13 usinas moendo na atual safra, a mesma quantidade de empresas da moagem passada.

Renato Cunha, presidente da NovaBio e do Sindaçúcar-PE – Foto: Léo Caldas

Safra de cana-de-açúcar no Nordeste

Na última safra (2023-2024), o Nordeste colheu cerca de 55 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Os maiores produtores da planta são os Estados de Alagoas e Pernambuco. Na última safra, Alagoas colheu 19 milhões de toneladas. Em Alagoas, a Zona da Mata tem áreas mais planas, o que possibilita a mecanização de grande parte da colheita.

Os outros Estados do Nordeste tiveram, na safra passada, a seguinte produção de cana-de-açúcar: Paraíba (7,3 milhões de toneladas), Rio Grande do Norte (3,55 milhões de toneladas), Maranhão (2,07 milhões de toneladas), Sergipe (2,46 milhões de toneladas), Piauí (1,34 milhões de toneladas) e a Bahia (5,7 milhões de toneladas).

“No Nordeste, a expectativa é de que ocorra um crescimento médio da safra de cana-de-açúcar de 2% a 5%”, comenta Renato Cunha, acrescentando que não haverá queda de safra nesta safra. O otimismo do executivo está ligado a previsão de chuvas que estão sendo esperadas para dezembro e janeiro por causa do fenômeno climático La Niña, que, geralmente, provoca mais chuvas na região.

A atual safra deve se manter mais açucareira, “mas menos do que a passada”, segundo Renato, que lembra que os preços internacionais do açúcar caíram em dólar. “A nossa expectativa é de que os preços do açúcar fiquem estáveis, porque o câmbio está sendo atraente para os exportadores”, conta Renato.

Ele argumenta também que o setor tem os custos dolarizados e que isso é uma preocupação constante. Isso sigfnifica que quando a cotação do dólar sobe, aumentam as despesas das empresas. “O nosso setor tem muitas oscilações e imprevisibilidades regulatórias. As regras do etanol mudam em função do preço da gasolina, importações, o que torna o mercado imprevisível”, conclui Renato.

Fonte: Movimento Econômico

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