
Imagem: reprodução NE2/ Rede Globo
O primeiro dia do Congresso UAPNE25 , o maior encontro técnico do setor bioenergético do Nordeste (assista a reportagem abaixo), reuniu líderes e especialistas no Grand Mercure Recife Boa Viagem para discutir os desafios e oportunidades que impulsionam a evolução do setor. O evento, realizado ontem (quarta-feira) e com continuidade nesta quinta-feira, proporcionou debates estratégicos sobre inovação, sustentabilidade e transição energética.
O painel de abertura, “Principais Desafios Institucionais e Estruturais do Setor Bioenergético Nordestino”, trouxe reflexões de grandes nomes do setor sobre os rumos da bioenergia na região.
Diversificação de investimentos
Renato Cunha, Presidente Executivo da NovaBio e do Sindaçúcar – PE, destacou as transformações no agronegócio nordestino e a necessidade de uma visão de longo prazo para garantir a competitividade do setor.
“A safra 2024/25 foi marcada por diversas mudanças no agronegócio do Nordeste. Além das questões climáticas e dos avanços na irrigação, houve atualizações regulatórias importantes, com novas leis voltadas à longevidade do setor, reforçando a competitividade e incentivando a diversificação de investimentos para novos produtos da transição energética”, afirmou Cunha.
Biometano, SAF e combustível marítimo
No contexto da diversificação, Cunha apontou novas oportunidades nos setores aéreo e marítimo.
“Temos observado avanços significativos com o biometano, o combustível sustentável de aviação (SAF), o combustível marítimo e até a ampliação da mistura de etanol na gasolina para 30%, o que pode expandir o mercado do anidro no Nordeste e em todo o Brasil”, ressaltou.
Ele destacou ainda que, com uma movimentação já na casa dos 60 milhões de toneladas, o setor tem potencial para um crescimento sustentado, garantindo competitividade, geração de empregos e fortalecimento do seu papel ambiental.
Digitalização dos processos
Edmundo Coelho Barbosa, Presidente do SINDALCOOL, enfatizou o papel estratégico do evento para o planejamento da região.
“O Congresso UAPNE25 é essencial para quem toma decisões sobre o futuro do setor nos próximos 5, 10 ou 20 anos. A adoção de tecnologia de ponta, a digitalização dos processos e o monitoramento das etapas produtivas são temas centrais do evento, com impactos diretos na produtividade e competitividade do setor”, afirmou.
Fonte: Jornal Cana