NOVABIO

A agricultura de luto no Brasil

O ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli foi indicado ao Nobel da Paz

Folha de Pernambuco

A morte do engenheiro agrônomo Alysson Paolinelli aos 86 anos, ontem, ex-ministro da Agricultura incicado ao Nobel da Paz em 2021 e 2022, foi lamentada por entidades, políticos e lideranças empresariais de todo o país. A associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) foi uma das primeiras instituições a registrar pesar pela morte de Paolinelli.

“Recentemente, como catedrático da Universidade de São Paulo (USP), ele estava à frente do Projeto Biomas, que busca estruturar um planejamento estratégico dedicado à segurança alimentar, aumentando a produção brasileira de alimentos para atender mais de 1,2 bilhão de pessoas em todo o mundo”, registrou, em nota, a NovaBio.

Grande brasileiro

Para o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE) e presidente executivo da NovaBio, Renato Cunha, Alysson Paolinelli foi um grande brasileiro. “Formulador da agricultura tropical nos cerrados, sempre se voltou para a pesquisa, inovação e tecnologia voltadas à segurança alimentar do planeta. Foi pioneiro na agricultura tropical no cerrado brasileiro e ativo participante do desenvolvimento da Embrapa. Fará muita falta ao país e ao agro brasileiro”, disse Renato Cunha à Folha de Pernambuco.

Em nota, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT, também lamentou a perda. “Alysson Paolinelli foi professor, agrônomo, ministro da Agricultura e um dos criadores da Embrapa. Foi um dos principais responsáveis pelos avanços de comnhecimento que permitiram o que ficou conhecido como “agricultura tropical”, com um grande aumento na produção de grãos do Brasil, transformando o país em um grande exportador de alimentos. Meus sentimentos aos familiares, amigos, alunos e admiradores de Paolinelli”, escreveu o presidente.

Os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o vice-líder do governo Lula no Congresso, deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG); e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), foram algumas lideranças que usaram as suas redes sociais para lamentar a morte de Paolinelli.

O legado de Paolinelli

Alysson Paolinelli buscou o desenvolvimento nacional com base em três pontos básicos para mudança desse cenário: ciência, tecnologia e capacitação humana. Ele foi ministro de 1974 a 1979, no governo de Ernesto Geisel. Estava internado em Belo Horizonte desde a última segunda-feira. O Hospital Madre Teresa confirmou a morte, mas não informou a causa. Ele se locomovia por cadeira de rodas depois de cirurgia no quadril.

Mineiro de Bambuí, Paolinelli via a necessidade do desenvolvimento de uma agricultura voltada à área tropical, evolução que deu certo e o país passou a ser referência mundial. Foi responsável pela implantação de programas como Embrater, Polocentro e Prodecer para, com ciência e tecnologia, levar a difusão do conhecimento aos produtores.

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